Guarda cerimonial leva coroa de flores ofertada por Bolsonaro, logo atrás, em direção ao Túmulo do Soldado Desconhecido, em Moscou - Maxim Chemetov/Pool/ AFP

O presidente Jair Bolsonaro (PL) iniciou seu dia de programação oficial em Moscou como todo chefe de Estado que visita a Rússia: na cerimônia de aposição de uma coroa de flores no Túmulo do Soldado Desconhecido.

Não deixa de ser uma pequena ironia para um político que, no seu discurso de posse em 2019, havia prometido trabalhar para "livrar o Brasil do socialismo".

O túmulo é um dos pontos altos simbólicos da celebração da vitória da União Soviética, império comunista que durou de 1922 a 1991 e está no centro dos fetiches do bolsonarismo, na Segunda Guerra Mundial (1939-45, mas que começou para os soviéticos em 1941 e que é chamada no país de Grande Guerra Patriótica).

Sob a construção de 1967 repousam restos mortais dos defensores de Moscou, que seguraram os invasores nazistas a pouco quilômetros da capital. O monumento também traz em seu conjunto 12 pedestais com os nomes das chamadas cidades-herói, título soviético dado àquelas que resistiram a cercos brutais.